[Review] A Série Divergente: Insurgente

Olá, pessoas da Terra!

Apesar de nunca ter mencionado aqui no blog (pelo menos acho que não), eu sou uma mega fã da trilogia Divergente. Mesmo com o fim de Convergente, que não foi bem o que eu esperava, simplesmente não consigo não amar essa trilogia, fui conquistada por toda a história, personagens e escrita. Sendo assim, eu não poderia deixar de assistir aos filmes, mesmo sabendo que muito provavelmente iria me decepcionar com cada um deles. Não tive tempo para escrever a review de Divergente quando o filme saiu no cinema, mas aproveito agora para deixar minhas impressões de Insurgente.

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Sinopse: Tris (Shailene Woodley) e Quatro (Theo James) agora são fugitivos e procurados por Jeanine Matthews (Kate Winslet), líder da Erudição. Em busca de respostas e assombrados por prévias escolhas, o casal enfrentará inimagináveis desafios enquanto tentam descobrir a verdade sobre o mundo em que vivem.

O filme retoma a história logo do fim de Divergente, quando Tris, Quatro, Caleb, Marcus e Peter buscam abrigo na sede da Amizade, depois de fugir do ataque à Abnegação. Apesar de não estarem tão satisfeitos com a situação, Tris e Quatro decidem continuar por lá até se reorganizarem e descobrirem onde estão os demais membros da Audácia, para então irem à procura deles. Mas tudo isso muda quando soldados da Audácia, aliados à Jeanine Matthews, chegam nas terras da Amizade em busca de Divergentes, e Tris, Tobias (Quatro) e Caleb precisam fugir para não serem capturados. A busca de Jeanine por Divergentes continua, pois, após encontrar uma caixa misteriosa em uma das casas da Abnegação, supostamente pertencente aos fundadores da cidade, ela sabe que apenas um Divergente poderá abri-la e revelar a sua mensagem.

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Já há algum tempo eu aprendi uma valiosa lição: não devo esperar que as adaptações cinematográficas sejam 100% fiéis aos livros, isso é impossível, e é mais fácil encarar os dois como coisas completamente diferentes e não relacionadas, assim não acabo me decepcionando. Tendo isso em mente, fui ao cinema preparada para deixar minhas impressões do livro de lado e tentar aproveitar o filme. Não digo que fui completamente eficaz nessa tarefa, pois durante a maior parte do filme eu ficava pensando “tá errado, tá tudo errado“, mas tentei focar o filme e avaliar como ele, por conta própria, se saiu. Apesar de não achar que foi um filme ótimo, perfeito, incrível, merecedor do Oscar, do troféu Joinha e de todas as estatuetas possíveis e imagináveis, arrisco dizer que foi um bom filme, que dá para se divertir assistindo.

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Com o desenrolar da história e dos acontecimentos, Insurgente já conta com uma trama mais elaborada e envolvente que seu antecessor, e o ritmo do filme já é mais frenético e agitado. O cenário de “guerra civil” que foi se armando em Divergente atingiu novas proporções com a lei marcial instaurada pelo Conselho, a pedido da Jeanine, e a “descoberta” do exército dos sem-facção, e o expectador só consegue antecipar o momento em que a bomba vai explodir – pelo menos foi assim que meu amigo, que ainda não leu o livro, ficou ao meu lado. Também é visível que o investimento financeiro nessa sequência foi bem maior, como podemos perceber pelo nível de elementos como efeitos especiais, figurino e locações, que já estão bem melhores que no filme anterior.

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Levando em consideração os acontecimentos descritos no livro, achei que o desenvolvimento dos personagens nesse filme deixou a desejar, e muito. No livro, vemos Tris lutando seriamente contra seus demônios internos, estando completamente traumatizada após os acontecimentos em Divergente, e vemos como tudo isso vai destruindo-a pouco a pouco, levando a tomar decisões com consequências perigosas para ela e aqueles que ama. No filme, apesar de tentarem retratar tudo isso, acho que ficou muito superficial e comedido, não chegando nem perto do estado em que a personagem deveria estar. Também não houve nenhum desenvolvimento do Tobias, foi muito pouco explorado o seu relacionamento com seu pai e sua mãe, e como isso o fez tomar decisões e mesmo se afastar de Tris em alguns momentos. Diversos outros personagens secundários também tiveram suas ações, motivações e dramas pessoais negligenciados, deixando a história superficial e unilateral. Nesse aspecto, acho que o filme ficou bem longe do que seria aceitável, o que é uma pena.

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Mas, mesmo com a minha promessa de não julgar só de acordo com o livro, não posso deixar a obra em que o filme se baseou completamente de lado. Apesar de ser um bom filme, Insurgente deixa a desejar em alguns aspectos de fidelidade do livro. Não vou ser do tipo de pessoa que reclama da cor do olho do personagem, ou do corte de cabelo, pois acho que isso é o de menos na história, mas fiquei incomodada com alguns elementos do livro que ficaram faltando no filme, ou algumas coisas que foram criadas para o filme que não faziam sentido algum de acordo com o cenário proposto no livro. Um exemplo é o aparelho criado pela Erudição, que faz uma leitura da pessoa (?) e consegue determinar a qual facção ela pertence, ou se ela é Divergente. Em um cenário pós-apocalíptico, onde os recursos devem ser poupados e priorizados para a reconstrução da cidade, que ainda está em andamento, como é que eles teriam recursos ou meios para a criação em massa de um aparelho como esses? Assim como toda a história da caixa, que contém uma mensagem dos fundadores e só pode ser aberta por um Divergente muito, muito especial. A resposta para esse problema, também, não fez sentido algum, levando em consideração a própria história criada para o filme anterior – é entrar em contradição com o que eles próprios disseram… E uma mudança em específico, bem no fim do filme, me deixou bem confusa sobre como conduzirão o filme seguinte, o que não achei uma boa ideia. Acho que ficou muito aberto, não mostraram um elemento muito importante na caracterização do cenário social para a última parte da história, e não sei como os roteiristas farão para corrigir isso no próximo filme – é esperar para ver.

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Uriah, finalmente *——*

No fim das contas, posso concluir que achei que Insurgente foi um bom filme, apesar de não ser uma adaptação tão boa. Para quem ainda não leu os livros e não tem uma expectativa alta, é mais do que possível se envolver e adorar a história, e talvez, até, se interessar o bastante para ir atrás dos livros – o que, de um jeito ou de outro, acaba sendo um ótimo resultado. Para quem leu e adorou os livros, é mais uma oportunidade para ir ao cinema e ficar reclamando a todo instante que está tudo errado, e acusar os roteiristas de não terem lido o livro e terem destruído a história… Mas, ainda assim, é parada obrigatória para todo fã, que sabe como, apesar de reclamarmos, amamos ir ao cinema para ver a adaptação dos nossos filmes preferidos ❤

Título Original: Divergent Series: Insurgent
Direção: Robert Schwentke
Elenco: Shailene Woodley, Theo James, Miles Teller, Ansel Elgort, Kate Winslet, Jai Courtney, Zoë Kravitz, Octavia Spencer
Duração: 119 minutos
Ano de lançamento: 2015

3 comentários sobre “[Review] A Série Divergente: Insurgente

  1. Ana Lima disse:

    Liahhhhhh você escreveu tudo o que eu achei. Também fiz o meu ponto de vista a respeito de Insurgente e tirei a conclusão que é muito relativa e varia de pessoa a pessoa.
    Como fã, posso reclamar porque, realmente, ficou infiel. Mas eu já previa que iria ficar assim, sabe? Estava até com medo. Reparei nesses erros. Queria muito que os pais do Tobias aparecessem mais no filme, o Marcus apareceu quantas vezes? Dá para contar nos dedos de uma mãe 😦 O que é uma pena, lógico.
    Mas eu gostei de algumas mudanças que fizeram. Me julgue, mas amei a morte da Jeanine 😀 VAI, FALA, FOI DEMAIS!!!! Mas confesso que também poderiam ter vistos alguns detalhes e corrigido, assim como o aparelho feito pela Erudição.
    Já os efeitos, foram de tirar o fôlego. Eles estava muito bons em minha opinião. Super bem trabalhados.
    O final deixou a desejar, deveria ser mantido algum segredo do tipo “eu preciso ler/ver Convergente o mais rápido possível para saber o que vai acontecer”. Infelizmente não foi isso que aconteceu. Estava no banheiro do cinema e uma mulher falou: “não estou curiosa para Convergente, porque acho que não irá ter algo revelador”. Nós, fãs, sabemos o que irá acontecer, hehehe
    Eu acho que Insurgente deveria ter sido dividido em duas partes, e não Convergente. Prevejo que irão encher um monte de linguiça. Sinceramente? Não sei o que esperar desse filme, apenas rezar para que façam uma adaptação pelo menos fiel. Espero!!
    Beijos!!

    http://our-constellations.blogspot.com.br/

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  2. Caverna Literária disse:

    AEEEE, finalmente vou poder dizer o que achei também. Fui assistir com uma amiga que só viu o filme e é frustrante não ter com quem falar sobre isso que tenha lido o livro também. Eu fui exatamente igual à você, com o pensamento de não tentar comparar. Já pelo trailer eu desanimei, nem fiquei tão ansiosa pelo lançamento porque sabia que ia ser totalmente diferente. Pra quem nunca chegou perto do livro, simm, a história é ótima, só descarto o excesso de efeitos especiais desnecessário. Tava parecendo matrix aquilo g___g
    Mas, ah… não chega nem aos pés do livro. Foi tudo tão superficial, a relação do Four com a família é reduzida à nada, as atitudes do Peter não é de surpreender (ele é meu personagem favorito, e ainda é super importante nesse volume, para çççç), e a reação dela com o Caleb, cadê????? Não dá nem pra sentir raiva dele, gente. E quanto aos amigos dela, então, nem digo nada. O sofrimento da Christina passa super despercebido, só a cena da Tris confessando é realmente comovente. Não sei o que essa mulher tem pra fazer qualquer um chorar kkkkkk nem acreditei que eu tava me debulhando em lágrimas também. Mas os amigos foi tão chato meu, ela cria uma amizade tão forte com eles, e eles passaram a ser só figurantes, que nem fizeram diferença quando a menina se jogou por estar sendo controlada, por exemplo.
    E SIMMM, esse tanto de tecnologia, MEU DEUS, alguém situa eles do que tá acontecendo de verdade, pelo amor. Aonde diabos eles foram arranjar tantos aparelhos? Tentam inventar e só fazem a história perder a essência. E AQUELE FINAL, @&&!%!r%@r!%!!! gente do céu, era pra só um grupinho ir, não a cidade inteira sair correndo pra cerca. Sério auhauha tô até com medo de saber o que vão aprontar pra Convergente. Queria tanto que tivessem sido fiéis, esse segundo volume é o melhoor poxa 😦

    xx Carol
    http://caverna-literaria.blogspot.com.br/
    Tem resenha nova no blog de “Cidades de Papel”, vem conferir!

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  3. Tamires disse:

    Oi, Leilah! Eu sou participante assídua do grupo mas nunca vim no blog! Que pecado! hahahaha
    Olha, deixa eu te contar, eu detesto essa trilogia! hahahahaha
    Eu assisti Divergente antes de ter lido o livro e confesso que se não tivesse feito isso eu nem teria começado a ler a série! Eu comecei a ler só porque gostei do primeiro filme! Do primeiro livro até que eu gostei também, tecnicamente, tudo que tem no filme está lá! Mas Insurgente e Convergente foram o samba do crioulo doido pra mim! Demorei 4 meses para ler Convergente tamanho era o meu descontentamento! hahaha
    Enfim, nem vou assistir Insurgente…quando chegar no telecine eu talvez até assista, mas no cinema não! 😀

    Beijoooo

    http://www.meuepilogo.com

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